Diagnóstico da dengue e saúde pública: observar o presente para prever o futuro

Diagnóstico da dengue e saúde pública: observar o presente para prever o futuro. O vírus DENV, que possui quatro sorotipos, é o agente etiológico da dengue, um arbovírus transmitido via picada do mosquito Aedes aegypti infectado.

No Brasil, é a arbovirose urbana de maior relevância, chegando a 1,4 milhões de casos em 2022. O tratamento atual da dengue é apenas sintomático, variando de cuidados domiciliares para alívio da febre e dor a internações em leito e centros de terapia intensiva.

Diversos centros de pesquisa promovem o estudo para prevenção, diagnóstico e tratamento da doença: Diagnóstico da dengue e saúde pública: observar o presente para prever o futuro O diagnóstico clínico da dengue ainda é um desafio. A fase febril, com manifestações comuns em outras infecções, apresenta quadro de febre alta, cefaleia e mialgia. Na fase crítica, começam sinais e sintomas de alerta: dor abdominal, hipotensão postural, letargia e sangramentos.

Caso a fase crítica não seja bem manejada, o paciente pode evoluir com disfunção grave de órgãos e óbito. A dengue é uma doença de notificação compulsória, ou seja, todo caso suspeito ou confirmado deve ser notificado ao Serviço de Vigilância Epidemiológica. Esse processo é de extrema importância para o monitoramento de tendências e padrões da infecção no Brasil, servindo de base para implementação de políticas públicas de controle do vetor, programação de campanhas de prevenção e aquisição de testes e suprimentos. Sabendo da prevalência da dengue no Brasil, e da dificuldade do diagnóstico clínico, faz-se necessário a implementação e o aumento da disponibilidade de testes rápidos para diagnóstico laboratorial.

A detecção de antígeno ou de anticorpo, a partir desses testes, permite uma maior assertividade na notificação e no tratamento do paciente, visando reduzir o impacto da infecção na saúde pública brasileira.

Muller D. A.; Depelsenaire A. C. I.; Young P. R. Clinical and Laboratory Diagnosis of Dengue Virus Infection. The Journal of Infectious Diseases. 2017; 215: 89-95 Salles, T. S. et al. History, epidemiology and diagnostics of dengue in the American and Brazilian contexts: a review. Parasit Vectors. 2018; 11: 264 Organização Pan-Americana da Saúde. Módulos de Princípios de Epidemiologia para o Controle de Enfermidades. Ministério da Saúde. 2010, 4. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde. 2019; 3: 411-462

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